Aumento no IOF eleva tributos sobre crédito, câmbio e previdência; parte das medidas é revogada após reação negativa

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) um pacote de mudanças nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) com previsão de arrecadar R$ 20,5 bilhões em 2025. As novas taxas afetam operações de crédito, câmbio, cartões internacionais e aportes em previdência privada. No entanto, horas após a divulgação, parte das medidas foi revogada diante da forte repercussão negativa no mercado.
Entre os principais pontos, destaca-se o aumento da alíquota para operações de crédito empresarial, que passou de 0,38% para 0,95%, além da elevação da taxa diária de 0,0041% para 0,0082%, podendo chegar a até 3% ao ano. No câmbio, a compra de moeda estrangeira em espécie agora tem IOF de 3,5% — antes era 1,1%.
Cartões de crédito e débito internacionais, além de pré-pagos e cheques de viagem, também passam a ter alíquota unificada de 3,5%. Já nos planos de previdência privada (VGBL), aportes mensais acima de R$ 50 mil serão taxados em 5%.
Após reações do mercado financeiro, o governo decidiu manter a alíquota zero para fundos nacionais que investem no exterior e manteve em 1,1% o imposto sobre remessas de pessoas físicas para fora do país. A decisão veio após reuniões emergenciais no Palácio do Planalto com integrantes da Fazenda e do setor financeiro.
O mercado reagiu com forte instabilidade: o dólar comercial ultrapassou R$ 5,66 e o Ibovespa caiu 0,44%, encerrando o dia aos 137.272 pontos.
As novas alíquotas do IOF ainda podem passar por ajustes nos próximos dias, à medida que o governo tenta equilibrar a arrecadação com a estabilidade econômica.
📚 Fonte: CNN Brasil, UOL Economia, Agência Brasil