Acordo mediado pelos EUA e Catar põe fim temporário à guerra, com atenção para violações e tensão contínua

Após 12 dias de intensos confrontos, Israel e Irã anunciaram um cessar‑fogo nesta semana. A trégua foi alcançada com mediação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do governo do Catar. O acordo representa uma pausa estratégica, mas ainda cercada de incertezas sobre sua durabilidade.
O conflito começou com ataques israelenses a instalações nucleares no Irã, incluindo o complexo de Fordow. Em resposta, Teerã lançou mísseis e drones contra alvos israelenses e uma base militar americana no Catar, marcando uma das maiores escaladas militares da década no Oriente Médio.
O acordo prevê a interrupção gradual das ofensivas, começando por Israel, que se comprometeu a suspender os ataques dentro de 12 horas após o anúncio — desde que o Irã fizesse o mesmo. Apesar do compromisso, surgiram acusações de violações por ambas as partes nas primeiras 24 horas do cessar-fogo.
O ministro da Defesa de Israel acusou o Irã de continuar lançando mísseis, enquanto o governo iraniano negou a acusação e afirmou que Israel não havia cumprido o que foi acertado. Líderes internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU e representantes da União Europeia e da Rússia, saudaram o cessar‑fogo, mas reforçaram o alerta quanto ao risco de uma nova escalada.
No plano econômico, o cessar-fogo teve impacto imediato no mercado global. Analistas estimam que o custo diário da guerra para Israel superava os US$ 700 milhões, pressionando o orçamento de defesa e gerando insegurança nos mercados de energia e aviação.
O conflito resultou em centenas de mortes e danos estruturais severos em ambos os países. Apesar da trégua, o cenário geopolítico segue instável, e observadores internacionais mantêm atenção às movimentações militares nos próximos dias.
Fonte: Reuters, Associated Press, The Guardian